O design com orientação sustentável, ou ecodesign, que tem o objetivo de diminuir o impacto ambiental de produtos e embalagens, começa a ganhar espaço na agenda das empresas. “O ecodesign é uma ferramenta que ajuda a economizar matéria-prima, a partir do redesenho dos produtos. Isso significa redução de custos com materiais e logística, o que é bem-vindo em tempos de crise”, diz Cyntia Malagutti, professora de ecodesign e sustentabilidade do Centro Universitário Senac.
Um exemplo é a multinacional de alimentos Danone, que introduziu no Brasil uma tecnologia de produção de embalagens 19% mais leves, o que reduz na mesma medida o volume de resinas plásticas utilizadas.
Por meio de transferência de tecnologia, um dos fornecedores brasileiros da Danone passou a fabricar embalagens por um sistema conhecido como “foam” (espuma, em inglês), em que o ar é injetado na produção de chapas plásticas. Mais leves, as embalagens reduzem custos de produção e logística.
“As embalagens representam um custo alto para a empresa. Além disso, o grupo tem metas globais para reduzir as emissões de gases poluentes. Esse projeto atende às duas questões”, diz Fabio Fontes, diretor de compras da Danone. Atualmente 10% das embalagens de iogurtes no Brasil já são feitas com a nova tecnologia. Em três anos, a meta é chegar a 100%.
Tudo começou com uma idéia de fazer com que o mundo não virasse uma grande lixeira de garrafas pet. A Brandimage criou a Garrafa 360º, um frasco de papel, que é 100% renovável.
Claro que não será fácil convencer as pessoas que uma garrafa de papel pode substituir o plástico, mas a mudança irá acontecer pela conciência do prejuízo que o pet traz. Se essa idéia der certo, mais de 60 milhões de garrafas plásticas não serão jogadas no lixo dos EUA por dia!
Na Central de Abastecimento (Ceasa) de Porto Alegre, está em curso um programa de eliminação das caixas de madeira descartáveis, usadas para acondicionar hortifrútis. Para isso, foi desenvolvida uma caixa reutilizável de plástico para reduzir o desperdício de madeira.
A vida útil da embalagem retornável é de cinco a dez anos. “O investimento nas caixas cônicas retorna em um ano para o produtor”, diz Luciano Medeiros, sócio da CleanBox, empresa responsável pela venda e higienização dos vasilhames. A companhia investiu R$ 3,5 milhões no projeto.
O design da caixa foi feito pela fabricante de peças de plástico Linpac Pisani. “Nós nos preocupamos em priorizar a redução dos custos e o sistema de higienização exigida por lei”, diz Vasco Bosi, diretor comercial da empresa. O desenvolvimento do material foi feito em parceria com a Braskem.</div>
Fonte:http://www.estadao.com.br acessado em 06/05/2009</div>