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A LÓGICA CULTURAL DO CAPITALISMO IMATERIAL  E O CARÁTER DIALÉTICO DA COMUNICAÇÃO: uma análise das perspectivas da comunicação publicitária nos ambientes multinformacionais – seu futuro, valores, tendências  e seu caráter transformador o “ reality show 

 

Tornou-se banal a queixa de que somos invadidos, submergidos pelo dispositivo ideológico de toda natureza que povoam os interesses da mídia e do poder, que notoriamente exploram e mapeiam esta palinódia. É um preconceito que devemos justificar, pelo menos em parte, que tal efeito tenha papel delineador deste produto de audiência e relacionamento de consumo. De fato, a vida moderna está muito associada ao estilo de vida do novo consumidor, mais do que pelas possibilidade das escolhas e desejos que a publicidade produz. A figurativização do objeto pela imagem publicitária garante a sua inserção no mundo cotidiano pelo seu entrelaçamento duálico entre ficção e realidade. O engodo publicitário encontra-se permeadopor regras e padrões da industria da mídia que lhe conferem um caráter de imitação da realidade sob a perspectiva de um emissor que almeja que o receptor por meio da percepção,estabeleça uma relação afetiva e duradoura com a marca e o objeto de desejo. Dentro deste narcisismo social, onde o fato constrói-se pelo discurso e pela imagem que o enunciam, os meios de comunicação colaboram para a transmissão da mensagem publicitária através da democratização da cultura de massa para a massa. Essa afinidade entre mídia e propaganda possibilita a manutenção das formas de dominação comportamental e ideológica, pois confere ao homem a categoria de “coisa que consome”. Face à consolidação de seu formato, a produção dos chamados programas reality shows interage profundamente com a sociedade, possibilitando, com isso, ampliar o poder da mídia em construir uma nova sociabilidade o una construção de novos valores para as coisas e seus significados. A corrente teórica que alicerça as abordagens do presente artigo, está relacionada ao que se convencionou chamar de Escola de Frankfurt e teve como principais filósofos: Max, Horkheimer, Theodor Adorno, Hebert Marcuse, Walter Benjamin, Jurgen Habermas, entre outros. Criada em 1923 a Escola de Frankfurt, centrou o seu objeto de estudo em torno da Indústria Cultural, e em postulados depreciativamente latejantes, sintetizados na premissa de que foi a “superestrutura e, em especial, os meios de comunicação de massas, que alteraram o normal percurso da história”.