O processo de expansão do sistema capitalista sob a égide da globalização, remonta seus efeitos desde o período das grandes navegações européias, do séc.15. Ganhou velocidade ao longo do século 20 e clamor após a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria. Durante estes eventos, a má distribuição de renda tornou-se apenas um dos problemas apontados pelos críticos do capitalismo. E há que ostente que o baixo crescimento econômico registrado pelas maiores potências capitalistas nos últimos anos seria o sinal do declínio do modelo. Engana-se que considere isto, já evidências históricas mostram que, quanto mais livre o sistema capital, melhor para os pobres.
Esta longa transição, que busca um modelo ideal, aponta para uma nova era de produção a custo (e lucro) zero: empresas cada vez mais racionais maximizam o lucro, enquanto consumidores maximam o uso – oferta e demanda se ajustam, assim como os preços e os mercados. Ainda que incoerente, faz sentido, segundo Paul Mason em o PostCapitalism: a Guide to Our Future ) “Pós-Capitalismo: um guia para o futuro”, que este modelo remoldou-se, descrevendo novos contornos em sistema baseado na abundância da tecnologia. Deste modo, os avanços da tecnologia da informação tem neste cenário um prepoderante papel, ao agregar ao mercado e ao estado um terceiro setor, que podemos chamar de “não mercado”,onde a produção tem características colaborativas e, em vez de vendidos, os produtos e serviços são trocados e compartilhados.
Há exemplos notórios desta revolução, como a WIKIPÉDIA, UBER, etc que ora não geram especificadamente lucro algum e, de certa forma inibe o surgimento de empresas nesse negócio. Uma complexidade dos sentidos do capital, que não significa o fim de um mercado, mas o recrudescimento dele. Ou seja, o capitalismo hoje funciona de maneira incompleta, o que significa em futuro próximo o valor comercial vai diminuir, em vez de expandir. Nesta renovação da ordem, a globalização tem impactos na distribuicão da renda. Algumas pessoas ganham muito, outras não. Parece inevitável um recuo da globalização ao avliarmos o impactos dos novos efeitos do populismo moderno, o nacionalismo exarcebado e a xenofia, na aliança de relaçãop entre o Estado e o mercado – onde, estas duas estruturas da atividade humana que transitam por vias antagônicas. O grande ciclo da desigualdade, unânimentemente, ainda não aprendeu a dividir os ganhos para sobrevivência da integração econômica… e ao que parece, ironicamente a globalização é que separará o mundo.
Ao que sabemos, o sistema capitalista é por sua natureza, uma forma ou um método de mudança econômica e nunca foi ou será algo estático. Sabemos que a nova revolução industrial, assim como a que ocorreu com os motores e a eletricidade no passado, reabrem os sentidos por meio da inteligência artificial e a robótica, provocando um impacto profundo no futuro da economia e do próprio capitalismo moderno, ainda que a crise dos últimos anos levou-nos à implosão da política centrista e reagrupou as forças em campos opostos, confundindo seus centros de posionamento. Hoje a esquerda, levanta bandeiras que ontem eram da direita. À mediada que cresce o número de pessoas descartadas pelo atual sistema econômico, a sociedade divide-se cada vez mais de forma segregacionista e incauta. Um declínio, do valor capital que tem sido reinventado: onde o bem e o humano se reencontaram por formas, vontades, osmose moral e sobrevivência.
© 2017 sergio