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A atrofia da imaginação e da espontaneidade do cliente

Atualmente, a atrofia da imaginação e da espontaneidade do consumidor cultural não precisa ser reduzida a mecanismos psicológicos.
Os próprios produtos (…) paralisam essas capacidade em virtude de sua própria constituição objetiva (ADORNO; HORKHEIMER, 1997, p.119).

Embaralhando um pouco mais os fatos e ultrapassando de longe o teatro de ilusões, o consumidor não deixa mais à fantasia e ao pensamento dos espectadores nenhuma dimensão na qual estes possam, sem perder o fio, passear e divagar no quadro da obra fílmica, ao qual eles se espelham, permanecendo, no entanto, livres do controle de seus dados exatos, e é assim precisamente que o conteúdo adestre o espectador entregue a ele para se identificar imediatamente com a realidade.
Fica claro, portanto, a grande intenção da Indústria Cultural: obscurecer a percepção de todas as pessoas, principalmente, daqueles que são formadores de opinião ou forma uma grande maioria do ‘target” (público alvo) social. Ela é a própria ideologia. Os valores passam a ser regidos por ela. Até mesmo a felicidade do individuo é influenciada e condicionada por essa cultura. Na Dialética do Esclarecimento, Adorno e Horkheimer nos afirmam que os bens culturais estão em exata correlação com a comunicação comandada e os valores capitais desta congruência; e os dois se fundamentam na inelutável coação à dominação social sobre a natureza mercantil (ADORNO; HORKHEIMER, 1997, p.45).

Quero dizer que o perplexo sentido do “ideológico” do consumo é anfótero.
Congrega em si duas qualidades ou características opostas.

Ora, é bom ao proclamar sua lógica para o êxito do “EU” – prevaricando com sua condição de mercado.
Por outro lado, declina sua nulidade absoluta, diante do bócio consumista que nos cerca.
Ao entender esta filosofia erétil, da forma comunicacional adotada pelas empresas que proclamam seus produtos e produtos, não nos damos conta da jornada comercial que nos torna o que somos e estabelece sua linhagem ideológica por de trás de uma simples compra.

Quero dizer que pouco sabemos sobre as coisas, sendo as coisas, apenas experiências que possuimos.

Esta longa definição do “EU COMERCIAL” ou descoberta humana do nada é um “CONCEITO” anfótero das coisas.
Uma austera gnose do auto conhecimento, que nada tem haver com a capacidade de escolha de cada um.

Apenas um elo entre o que desejamos e o que somos persuadidos adquirir.

Ora, ao avaliar o verdadeiro impacto desta condição nos negócios de hoje, tenho considerado que, se o cliente já tem clareza da própria meta de valor e necessidade para as coisas, se tem consciência da decisão que tomou, nada de induzido pode prevalecer em seu caminho.

Custa-me crer quem assume essa heumenêutica exegética que revela laivos de caduquice, quando nos damos conta que compramos algo que não precisamos adquirir, ou se a empresa que cultuamos não obedece ao protocolo pontual que o mercado exige que ela seja.

Continuo sem entender o mistério disto.
Vesânico.

Mais “deve ser da idade”.

Ao observar meu filho caçula brincando sozinho em um canto da casa, entendo melhor esta conjunção dos fatos: do que precisamos de fato ser ou possuir.

Toda construção diegética é determinada, grande parte por sua aceitabilidade social, logo, por suas convenções, por códigos e pelos simbolismos em vigor em uma sociedade. A interpretação da imagem contém um sentido, e ao ser “lido” por seu destinatário, por seu espectador: e é todo o problema da interpretação da imagem semiológica e iconográfica da mercadoria.

Um tanto confuso, quanto evasivo, se considerarmos o amplo domínio dos dispositivos inconscientes que nos atordam as escolhas e estabelecem uma anomalia de compreensão dos elementos da comunicação moderna, percebe-se que empresas, negócios e produtos, assinalam para uma releitura do “VALOR” das coisas e dos serviços como uma irrelutável condição de sobrevivência no mercado. Uma nefasta apoplexia da forma comunicacional das empresas modernas que é inerente ao seu tamanho ou o que ela comercializa e faz como negócio.

Ou seja ” a importância de se comunicar de uma empresa começa na criação da identidade e na imagem que se cria do nome, da marca, do profissional e do produto, pois a ideia é que sendo citada, automaticamente o cliente ligue aquilo à sua marca ou produto. Por exemplo, o que queremos que o nosso público entenda e veja da nossa marca está sendo entendido? Essa imagem está diretamente ligada à identidade da empresa? Se sim, conclui-se que a projeção que se fez para a imagem e marca da empresa, ou produto, foi bem pensada e bem elaborada pela área de comunicação.

Se o público ainda não consegue associar as duas coisas é necessário elaborar um planejamento estratégico para reformular a comunicação entre um e outro.