A organizacão industrial e a administração científica tem suas origens no racionalismo cartesiano de Descartes e precede o liberalismo econômico moderno. O racionalismo monetário e o individualismo de meados do século XVIII ganhou força com a Revolucão industrial e na evolucão das máquinas.
Neste contexto o trabalho como origem da propriedade, segundo os ideiais de Marx e Weber proliferou-se a partir da ética protestante de Lutero e fundamentou a formação das organizações modernas eclodindo-se nas relações trabalhistas e do consumo.
A racionalização do trabalho personalizou-se na ótica de Hook que definitivamente intensificou o conceito de administração como ciência e instituiu o poder econômico individual, convencionando desta forma os modernos conceitos de poder da sociedade de consumo. O surgimento do consumo em alta escala proporcinado pelas grandes produções industriais de Taylor e Ford consagrou em seu conteúdo mercadológico uma sociedade de consumo ampla todavia sistematizada, criando assim um revés da ótica produtiva. A Escola Mecanicista incinerou a economia de alta escala e equilibrou a diferenciação dos mercados. Neste ponto, onde a mobilidade social do consumo foi instituida pela crítica ao modelo alienador e limitado da oferta que surge a Escola Comportamentalista. O novo modelo de relações humanas voltou seu propósito para uma discursão mais ampla de outras variáveis que influenciam a produção. Padrões comportamentais dependem de hábito e cultura onde a empresa, suas tecnologia, os produtos e o consumidor convivem num mesmo pretexto. A onda de consumo moderna tem seus pilares nesta dicotomia entre homo-social e o homo-economicos proposta por esta busca pela qualidade e a satisfação humana. Surge a partir desta explosão da produção em larga escala a notoriedade dos valores intrísecos do prazer e o ímpeto do consumo particular.
Sob o ponto de vista da indústria de consumo moderna, no caso da automobilística os padrões de consumo e oferta foram amplificados. O toyotismo japonês e o modelo sueco de produção causou nesta nova realidade das relações humanas e do consumo planejado uma reviravolta fundamental nos valores de compra e de ajuste da indústria automobilística a esta nova realidade. De dentro para fora a indústria brasileira de automóveis foi obrigada a se ajustar a esta nova roupagem, e quem estratificou seus produtos seguindo esta tendência tomou a ponta. A Fiat Automóveis desse modo firmou-se no cenário nacional com um “market share” cada vez mais efusivo e vindouro.
Mas de fora para dentro, manteve sua condição original de administração fordista, mecanicista, forjada por suas vantagens competivas mas caucada em sua enorme habilidade alienadora. De uma lado, seus produtos premeiam a excelência e alcançam toda a pluralidade mercadológica contemporânea, por outro, sustentam seus princípios fiéis de produção barata e exploratória de seus colaboradores internos ou contratuados.
Seguindo esta linha de raciocínío e buscando aproximar estes contextos há uma panacéia dos conflitos cientificamente explicada pela vida psicológica e leis de interação entre o homem e o meio. Uma psicologia científica e objetiva que só pode ser o estudo do comportamento objetivamente observável dos seres humanos, e nada mais além disso. O seu domínio próprio é o “campo total das adaptações humanas” (Pierre Naville).
As atitudes, as condutas e os pensamentos seriam eles próprios o resultado da adaptação do espírito do homem às condições ambientes e uma resposta aos estímulos exteriores. O principal promotor do behavorismo foi J.B.Watson.
A expressão “behavorismo social” é por vezes utilizada para aplicar a mesma explicação do domínio do social e para dar conta da vida em sociedade pelas leis de adaptação ao meio social. As relações sociais, os comportamentos sociais, até as formas de organização social, não seriam mais do que respostas às condições exteriores, tanto materiais como formais.” in Alain Birou, Dicionário de Ciência Sociais, Círculo de Leitores, pag. 33
Ampliando estes conceitos, numa análise comportamental mais ampla da segmentação de mercado, as relações de consumo e as condições mercadológicas, empresas e clientes convivem suas aspirações sem contudo necrotizar suas particularidades concretas do comportamento de consumo e das relações humanas. Para discurtir o plano das relações trabalho e os modos de produção, Maslow cerceou em seu discurso de necessidades um conjunto de fatores prepoderantes, que neste caso, cabe uma discursão mais ampliada que pretendo estender mais adiante. Mas tomando como base os aspectos psicológicos das relações do consumo e das relações de consumo, para os behavoristas o comportamento é tudo o que o ser humano faz, rir, chorar, corar, comer, correr, casar, guiar um automovel, pintar, escrever… o comportamento passaria pelo estabelecimento das relações entre o estimulo e a resposta. Para Watson nós somos o que fazemos e nós fazemos o que o meio nos impele a fazer…
Assim, o ordem do consumo segue esta lógica.
Os impulsos de comunicação, inputs e respostas prevista na lógica da propaganda vai além das formas e metodologias de produção. Transcende o imaginário dos objetivos macros desta epopéia dos efeitos manipuladores que comprrendem o universo do consumo: da origem do processo produtivo, seus mecanismos de produção e o resultado em cada produto ofertado. Na ponta desta pirâmide encontra-se o cliente que antes de tudo define seu escopo de preferências e determina o rítmo do tempo de compra.
Indiferente a confusão entre os temas que envolvem a forma de produção, sua relação com os clientes internos, o resultado final do consumo deve ser observado como uma revoada de padrões que acentuam a importãncia passional em cada compra final. A Fiat, neste cenário, é um exemplo claro desta realidade Behavorista.