Penso que, estamos expostos ao imponderável de uma realidade em miúdos, com a retina fantasiosa típica dos meios jornalísticos.
Não é porquê cabe a comunicação noticiosa a informação, que tudo o que seja veiculado tem relevância e trata-se de um fato verossímil. Haverá em cada notícia, tantas interpretações quanto opiniões editoriais – que em sua maioria interessam a alguns poucos e que quando sobrelevadas violam o senso comum, com uma verdade sem contestação ou não constatada . Quero dizer: nem sempre o que é dito corresponde a um “leading” do fato e sua “verdade verdadeira”. Não é de hoje, sabemos – que “jornalistas” são fantoches da ideologia do contrassenso absurdo que se perpetuam através dos tempos e dos governos e a redação gramatical – já que há tantos ignorantes, quanto oportunistas diante do direito de expressão.
E isto pouco importa, ante o que é de fato, mas sim ao que interessa ser veiculado, ainda que seja uma noticia subjugada. Basta olhar pelo retrovisor do tempo para entender o que isto nos revela: a notícia é um “ato constitucional” e a sua verdade uma aberração constrangedora que o ignorante ignora e o esclarecido finge entender.
De certo, há algum tempo temos banalizado a notícia. Na mesma intensidade que no tornamos reféns também da violência intelectual dos noticiários cabulosos que estamos sendo obrigados assistir e interagir todos os dias. Há neste contexto, uma grande abnegação entre a responsabilidade do texto, o que há por trás da notícia, sua relevância e como interpretamos o acontecimento e seus hipertextos subliminares.
Não sei por que motivo, nosso interesse pela notícia parece nos envolver em laço moderno entre a vida e a rotina diária, tornando-nos ao mesmo tempo intelectuais e ignorantes, ocupando um mesmo “eu”, já que consideramos que o respeito a opinião pública e o direito de expressão são laicos ou pertencem a um mesmo balaio das incongruências.
Isto nos torna absortos e reféns deste tal “direito” da imprensa que auto se intitula “imparcial” e justo, já que dizem promover um jornalismo cutâneo dito “responsável”. Quanta empáfia, a favor do engodo, eu diria.
É difícil não desatrelar o fato daquilo que é fabuloso, gigantesco e de fato, ameaçador. É impossível não associar a notícia como munição ao interesses fracionados de uma faixa de facção oposta. Esta ignóbil maldade de alguns profissionais inconsequentes que de forma prevaricada transformaram os canais de comunicação e seus mecanismos de relacionamento com o leitor e um elástico apodrecido.
Não há como separar o mal uso da audiência, da ausência da triagem noticiosa, do que é inculto, da informação estripada pelos menos esclarecidos, uma vez que os dispositivos ideológicos e manipuladores da notícia nos causam uma espécie de introspecção sobre o que entendemos e estamos presenciando de fato, ainda que obviamente persuadidos ao que temos de acreditar.
Torna-se caótico quando percebemos este discurso tendencioso e de informação manejada, nos revela esta briga poética pela audiência que favorece seus grupos sociais e oligopólios do que é transmido, muito acima da credibilidade e o papel sociabilizante que o discurso midiático deveriam adotar.
Estou em profunda depressão social , se concordo que também sou uma vítima desta calhordice social, apregoada pela gramática mal utilizada.
Nossos direito de ir e vir estão reduzidos na medida que o mundo se atropela por sucessivas crises sócios, étnicas, culturais que se completam por pandemias – impulsionados pelos desgovernos e a incapacidade de assumirmos nossa humanidade que advém do bom senso comum.