Alguns anos atrás, nos tempos dos baby boomers e da geração X, o varejo estava na rua, dentro do shopping ou na caixa de correios ( e para quem não faz ideia, era possível comprar por catálogo).
É amigo, acredite! A inclusão digital não é de hoje.
Se não fosse a internet, talvez a nossa realidade seria a mesma e as gerações Y e Z ( deste povo que vive e depende da internet para ser feliz) poderiam ter características completamente diferentes. Mas uma coisa é certa, a internet mudou (e ainda muda) o varejo:
Bom! Sabemos que foi por meio dela que nasceram os novos varejos, o online puro, ao alcance de todos. Nesse novo modelo, o papel do vendedor foi ressignificado.
Ganhou outras conotações! Outras possibilidades! Outros clientes.
Agora quem fala diretamente com o público é a marca virtual: é non stop e sem intermediários. Quem quiser saber, basta acessar um browser qualquer. Tá ali, ao alcance de qualquer um que se interesse. E quem não quiser, ainda que ignore, vai receber uma oferta qualquer em sua casa, num dia destes.
É ela quem vai recomendar produtos, falar de seus diferenciais e interagir com o cliente. Geração de conteúdo é ponto chave e os e-commerce já começaram a se movimentar nesse sentido. Mas precisam ir além e trabalhar um conteúdo que ajude na decisão de compra do consumidor. Afinal, a clientela esta muito mais exigentes.
Por outro lado, alguns varejos offline resolveram expandir seus negócios para o online, para não ficarem de fora desta disputa pelos clientes. O desafio é manter a mesma experiência independente do canal. Afinal, online e offline é tudo a mesma coisa, até porque os objetivos de vendas se complementam… O que não pode acontecer é a marca sofrer de dupla personalidade.
Fazer vendas “porta a porta” como antigamente virou social commerce. Ao invés de bater na porta física, os usuários-vendedores batem nas portas virtuais dos amigos (e amigos de amigos) via Facebook.
É a vendedora porta a porta 2.0, onde a marca se beneficia da rede de relacionamentos e descentraliza seu papel de criação de conteúdo para seus produtos, enquanto que o vendedor tem a reputação da empresa por trás do seu “negócio”.
O ponto de atenção é que essas pessoas são porta-vozes da empresa, se não manterem a qualidade de seu “serviço” (geração de conteúdo e relacionamento) podem ferir a marca . O inverso também é verdadeiro, se o pós venda não funcionar, não é bom para a loja do vendedor. O plano de contingência é o engajamento (e encantamento),
É! Tudo mudou…
Por fim, o shopping no virtual, virou marketplace. A marca resolveu navegar em águas já navegadas dos grandes stores virtuais e começou a incluir alguns lojistas em seu portfolio de produtos.
Misturando ainda mais as possibilidades de vender e
fidelizar clientes.
E um dos grandes desafios do marketplace para uma marca é elasticidade. Tudo bem! Nesse caso, esta empresa já tem uma marca construída e, por isso, possui alguns limites.
Digo, não mais. Por que se o objetivo deste novo varejo for vender de tudo, será que “tudo” cabe na vida da nova família brasileira?