Maristela Raucci, uma jornalista da Revista Exame publicou em uma destas edições um artigo ponderável sobre o VAREJO MODERNO, em que ela afirmava…”O varejo não é mais o mesmo.” E reclinava seu texto para um sentido muito introspectivo do entendimento da geração de conteúdo que o tornou ponto chave e como as empresas e consumidores começaram a se movimentar nesse sentido.
“Alguns anos atrás, nos tempos dos Baby Boomers e da Geração X, o varejo estava na rua, dentro do shopping ou na caixa de correios (e para quem não faz ideia, era possível comprar por catálogo).”
É amigo, acredite!
Este tipo, UNPLUGED moderno,já tinha seu modelo de acesso nos idos anos 80! Só que mais contemplativo do que voraz. “Se não fosse a internet, talvez a nossa realidade seria a mesma e as gerações Y e Z (estas gerações que vivem da internet) poderiam ter características completamente diferentes. Mas uma coisa é certa, a internet mudou (e ainda muda) o varejo:
1. Foi por meio dela que nasceram os novos varejos, o online puro, ao alcance de todos. Nesse novo modelo, o papel do vendedor foi ressignificado. Agora quem fala diretamente com o público é a marca virtual, sem escalas e sem intermediários. Quem quiser saber, basta acessar um browser qualquer. E se não quiser, ainda assim vai receber uma oferta qualquer em sua casa.
É ela quem vai recomendar produtos, falar de seus diferenciais e interagir com o cliente. Geração de conteúdo é ponto chave e os e-commerce já começaram a se movimentar nesse sentido. Mas precisa ir além e trabalhar um conteúdo que ajude na decisão de compra do consumidor.
2. E alguns varejos offline resolveram expandir seus negócios para o online, para ão ficarem de fora desta disputa pelos clients. O desafio é manter a mesma experiência independente do canal. Afinal, online e offline é tudo a mesma coisa, até porque os objetivos de vendas se complementam. O que não pode acontecer é a marca sofrer de dupla personalidade.
No fim do ano passado, o Ponto Frio lançou-se na mídia com uma nova campanha que dava adeus ao apelo popular e apresentava um novo território conceitual com força para atingir todos os públicos: viva a inovação.
Suas lojas físicas e online estão mais cleans e organizadas. Tudo caminha para uma experiência única.
3. Outro fenômeno, o “porta a porta” de antigamente virou social commerce, como é o caso do Magazine Luiza. Ao invés de bater na porta física, os usuários-vendedores batem nas portas virtuais dos amigos (e amigos de amigos) via Facebook.
É a vendedora Avon 2.0, a marca se beneficia da rede de relacionamentos e descentraliza seu papel de criação de conteúdo para seus produtos, enquanto que o vendedor tem a reputação do Magazine Luiza por trás do seu “negócio”.
O ponto de atenção é que essas pessoas são porta-vozes do Magazine, se não manterem a qualidade de seu “serviço” (geração de conteúdo e relacionamento) podem ferir a marca . O inverso também é verdadeiro, se o pós venda do Magazine Luiza não funcionar, não é bom para a loja do vendedor. O plano de contingência é o engajamento (e encantamento),
4. Por fim, o shopping no virtual, virou marketplace, como é o caso do Extra. A marca resolveu navegar em águas já navegadas pela Amazon e começou a incluir alguns lojistas em seu portfolio de produtos
Um dos grandes desafios do marketplace para uma marca é elasticidade. Nesse caso, o Extra já tem uma marca construída e, por isso, possui alguns limites. Quem não tem martelado na cabeça, Extra, o hipermercado da família brasileira?”
O consumo ampliou suas formas e ‘invadiu” os lares mutiplicando suas ofertas e canais, podendo atender um simples desejo ou necessidade, mas também ladeando a conveniência e comodidade como um fenômeno de consumo em massa.