© 2019 sergio

A dislexia matemática na Indústria Cultural.

[wpdevart_like_box profile_id=”www.discursodasmidias.com.br” connections=”show” width=”300″ height=”550″ header=”small” cover_photo=”show” locale=”en_US”]Ando tateando velhos entendimentos e coisas abissais para compreender outras afirmações tantãs e alguns conceitos “malucos” que a comunicação tem perpetuado.
O banal agora é elogiável. Acredite! Trata-se de um não a forma culta e ao intelecto.
No auge da minha maturidade como homem e comunicador – este pelágio que me tornei – desentendi-me comigo mesmo. E já não sei mais o que me tornei ou o que de fato são as coisas. São dúvidas sem plexos ou nexos, que mais parecem um oráculo da crise dos 50 anos que insistem em não ter mais fim em mim. Mirna Grzich, jornalista ao divulgar os textos Luiz Carlos Lisboa em um de seus épicos programas dos anos 80, dizia: “os que anseiam por atividade, cedo estarão cansados. Confúncio, não falava dos que agem quando torna-se importante agir, mas do que inventam pretextos para a ação, porque sofrem com a tranquilidade. Esta marca do nosso tempo: a velocidade e as preocupações é uma coisa difícil de justificar. A razão pela qual corremos ou elevamos nossas preocupações é um enigma até mesmo para aquele que se apressa.” Talvez, não ao que é de fato – mais o que parece parecer – aquela filósofa e espirutualista, de alguma forma prenunciou os males da grande Revolução Digital que move os diálogos e as relações de consumo moderno, nos indicando que ela nada tem nada têm haver com a velocidade dos meios. O desespero acelerado das baboseiras e modismos da sociedade de consumo e da indústria cultural, causam esta impressão de efemeridade do tempo, do gosto desprivilegiado e da balbúrdia da sociedade alternativa, que encenam nos Programas Dominicais sua tragédia cultural. Como um layout de anúncio mal elaborado, de traçado irregular e formas sem equilíbrio. Esta dislexia matemática das formas e os meios que tem como pretexto misturar o conceito do apelo, promovendo a produção textual e os signos modernos numa apoplexia do intelecto e a banalidade. Quanto maior a aberração maior a audiência. Qto menor o conteúdo, maior o público. Nesta inversão da lógica e proporcionalidade, os meios e a mídia extenua sua popularidade e apressa uma comunicação evasiva e sem precedentes, que apenas comunica o bossal e releva a complexidade do “eu” cultural.