Seria uma maldade e tamanha insensibilidade, tratar esta elouquente teoria e conceito como uma moderna ferramenta do empreendorismo contemporâneo. Uma empáfia aos modelos mais sensoriais da administração compartilhada pós-taylorista.
Como nos diz um artigo importante sobre este tema, “diversas empresas têm adotado a visão do design para a condução dos negócios, seja através do desenvolvimento de inovações ou para a resolução de problemas de forma criativa e centrada no usuário. É nesse contexto que surge o conceito de <em>design thinking</em>.”
Pensar o negócio, sem compartilhar a decisão, já torna o negócio um alto risco. Ora, imaginar que as organizações modernas, pouco depende das “pessoas” é condenar o sentido da boa relação comunicacional entre os atores que compõem a empresa e limitar as possibilidades motivadoras que as “boas” e ” mais simples” idéias coletivas abrigam na gestão participativa.
Nos diz o compêndio,…” atualmente, os principais ativos da empresa são aqueles intangíveis, com grande foco no conhecimento. Traduzi-los em novas oportunidades de gerar negócios é, portanto, o ponto-chave para garantir a sobrevivência das corporações no longo prazo. Nesse contexto, no processo de inovação é de grande importância a definição das premissas iniciais para o desenvolvimento de novas soluções. Assim, o processo de <em>design thinking</em> envolve a formulação das perguntas corretas, como:
Para quem é esse produto?
Quais são as necessidades e os hábitos das pessoas que podem ser identificados?
Quem são os concorrentes?
Trazendo esta lógica para o universo sincretista das administrações atuais temos uma importante equidade dos valores organizacionais de preemência dos recursos humanos que move as hélices empreendedoras de qualquer negócio.
No tripé das oportunidades, desta relação entre fornecedores, consumidores e empreendedores haverá uma profícua lacuna de negócios que nos garante um entendimento mais amplo desta nova realidade de mercado.
Advém desta finalidade de conceito uma nova forma de pensar o negócio , onde “afinal, o <em>design thinking</em>, segundo Roger Martin, professor na Rotman School of Management e estudioso sobre o tema, dá forma a um contexto em vez de tomá-lo como ele é. Ou seja, o conceito lida principalmente com o que ainda não existe. Até aí, qual é a novidade? Os modelos tradicionais de inovação também buscam minimizar riscos daquilo que não existe, assim como garantir que a organização se mova rapidamente em um cenário complexo e altamente sujeito a mudanças de padrões de vida e hábitos de consumo. No entanto, Tim Brown, fundador da IDEO, deixa bem clara a diferença: design thinking é um negócio baseado na prototipagem, uma vez que você não desiste de uma idéia promissora, você a constrói.
Indo mais além, lemos:
“É exatamente nesse ponto que muitas empresas falham na construção de modelos de inovação. Estão sempre buscando novos conceitos que vão romper o mercado, mas estruturam processos altamente rígidos na avaliação e seleção – geralmente de ideias e conceitos em estágios ainda prematuros. Enquanto caminham pelo funil da inovação e atravessam os gates, os conceitos são quantificados, avaliados e selecionados, o que torna o funil ainda mais estreito, pois exigem-se respostas que ainda não podem ser dadas. Todo esse processo tende a gerar como resultado, no máximo, melhorias nos produtos existentes, longe da ambição de desenvolvimento de inovações radicais.O <em>design thinking</em>, por outro lado, foca no desenvolvimento de soluções impecáveis esteticamente e com novas funcionalidades, criando novas experiências, valor e, principalmente, significado para os consumidores. Para isso, é de fundamental importância que a organização inicie o processo de inovação com o foco no consumidor, obtendo as suas impressões sobre produtos, serviços e processos, decifrando as suas ambições em novas soluções. Os gates, neste caso, são formados por prototipagens dos conceitos gerados e testes com o usuário final, mesmo em fases prematuras. O processo deixa de ser um funil e passa a ser um espiral, na qual essas fases evoluem até que o todo se torne viável.”
Trazendo este conteúdo, para o estado mais tangível dos negócios de hoje, concluimos que “O Design Thinking pode identificar um aspecto de comportamento humano, e depois convertê-lo em benefícios para o consumidor, além de adicionar valor ao negócio.” segundo Tim Brown.
Esta leitura do espaço, o tempo e o comportamento humano, é inerente ao conflito das relações comerciais e converge para um plano mais abissal da motivação humana, onde as pessoas contróem o próprio êxito e tornam-se atores essenciais para o sucesso e o desenvolvimento comercial de cada negócio ou produto – uma visão holística de inserção do pensamento administrativo que põe em prática os valores da gestão dos recursos humanos, sua interrelação com os processos produtivos. Possui, enfim, como logrado por seus entendedores como uma visão otimista, construtiva e experimental, focada na solução de necessidades dos consumidores com relação a produtos ou serviços e à sua arquitetura.