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Individualized Selling Proposition industry

A diferença entre indústria e comércio é por si controverso: bem óbvia entre as duas é que a empresa industrial limita-se na produção bens ou de produtos e a empresa comercial: está ligada no ramo da comercialização ou venda destes mesmos bens ou produtos produzidos pela empresa industrial…o que é ululante.

Postulando um pouco mais sobre esta comparação, é preciso antes de tudo entender a revolução do marketing e do comportamento das empresas modernas, face a problemática econômica moderna.

A fabricação própria exige um capital de investimento relativamente alto, dependendo do ramo de negócio e seus investimentos.

A vantagem neste caso de criar um marca com um estilo próprio e desenvolver um marketing específico para aquela imagem que representa sua empresa.

Parece fácil, mas não é! Até porquê há diferenças circunstanciais para cada caso: digo, enquanto a indústria trabalha a imagem, o comércio perseguirá o lucro combativamente.

Ser simplesmente uma revenda e comércio, indica que o capital inicial é mais baixo, apenas para a aquisição de produtos que você acredita terem um maior potencial de acordo com o público que você tem acesso ou deseja explorar. Quero dizer, você pode adquirir produtos de diferentes fornecedores e ter um leque de opções maior para os seus clientes, além de poder montar sua própria equipe de vendas de acordo com o crescimento do seu negócio.

Mas, ao buscar um fornecedor é preciso ter cuidado, afinal, como revendedor é o seu nome e da sua empresa que estarão em jogo.
Existem questões que parecem bobagens quando estamos interessados em adquirir produtos de um fornecedor, mas que farão uma mancha pesada no seu nome se for estabelecido uma relação sua com aquela fábrica. É importante estar atento a tudo.

Vender produtos é gerir o comércio de cada negociação da relação empresarial.

Para entender um pouco mais desta prosopopéia e escolha, é preciso entender a evolução do marketing digamos dos anos 50 até hoje. Naquele tempo, o marketing era centrado no produto, depois voltou-se para consumidor e com o advento da tecnologia da informação dos anos 90, deram origem a um tal Marketing 3.0 – dos clientes e consumidores altamente conscientes, definindo o novo marketing centrado no ser humano.

Neste contexto da evolução da relação de consumo, muita coisa mudou: tendências como a Unique Selling Proposition em que o produto físico fazia a diferença fundamental, não a marca, deram lugar a um modelo que chamamos de Emotional Selling Proposition – em que os produtos similares eram vistos de forma diferente devido a um vínculo emocional.
Bom! mas isto não parou por aí e nos 70 delegaram uma nova leitura em que a corporação por trás da marca, tornou-se de fato, a marca. Não havendo neste caso, uma distinção pela filosofia da organização. Já que neste caso, os funcionários eram embaixadores. Esta nova tendência organizacional do marketing, o Organizational Selling Proposition, perpetuaram a disrupção de valores entre produtos e marcas e precederam um novo formato nas relações comerciais, onde o o Brand Selling Proposition em meados dos 90 propuseram uma marca mais forte que as dimensões físicas do produto. O consumidor fixou-se mais na marca que nas histórias. Daí percorremos um longo caminho até ser hoje o que o marketing é: uma Individualized Selling Proposition design: as marcas pertencem cada vez mais aos consumidores e aos clientes.

Dizendo assim, a indústria e o comércio parecem uma mesma célula de negócio, por sua interrelação ou proposições comerciais.

Já que vender coisas é diferente de estreitar relações comerciais. E apresentar-se como uma indústria, é assumir sua condição primária de altos investimentos e sua competitivade agressiva que move a sobrevivência deste mercado.

Roubando um pouco esta incumbência de cada modelo, e sendo furtivos, podemos escorar nossa opinião em termos comuns do universo e-commerce contemporâneo que comprovam esta união: o B2B e B2C.

O que caracteriza o tipo de comércio que uma empresa, leia indústria, pratica não é o produto, mas a ATIVIDADE FIM, ou seja, qual o fim a que é destinado a mercadoria. Isso define o modelo de negócio e as figurantes atuantes nesse modelo.

Atividade Fim x Figura x Modelo de Negócio:

– Transformação: Indústria vende seus produtos para outras indústrias. (B2B)

– Revenda: Indústria vende para distribuidor ou revenda (B2B)

– Revenda: Distribuidor vende para Revenda (B2B)

– Revenda: Indústria, Distribuidor ou Atacado vende para Profissional Liberal (B2C)

– Consumo: Distribuidor ou Atacado vende para Consumidor Final (B2C)

– Consumo: Indústria vende para Consumidor Final (B2C)

– Consumo: Indústria vende para Consumidor Final através de Distribuidor ou Atacado (B2B2C)

Dai, e neste caso, não há como escolher entre ser indústria ou comércio, já que ambas se confundem pelo que se caracterizam.