É atribuida a Martin Luther king a seguinte frase: “a tragédia final não é a opressão e a crueldade das pessoas más, mas o silêncio das pessoas boas a respeito disto”. Soa que como uma paralaxe textual politicamente correta da “filosofia” moderna que a sociedade perpetua amplamente banalizada pelas redes sociais. Ainda que uma verdade perplexa e invisível do discurso oprimido do que não nos parece claro, esta balburdia e eufemismo da opinião há muito perdeu seu direito de resposta e opinião. Deste modo, nos parece uma discursão sociológica do direito e expressão, do que de fato é, ao expurgar um cadáver oculto de ideologia sombria que apenas interessa ao ciclo da revolução “esquerdista” da burguesia e o PODER de suas muitas origens. Para entender disto, devemos repassar a história para entender o que nós hoje denominamos poder, ora designado pelos gregos por meio de diversas palavras: arché, dynamis, kratos, tyranos e despoteia. O poder político – arché politike – encontrava-se dentro dos muros da polis, na comunidade política dos cidadãos. Quando esses muros caíram e o latim tornou-se a língua da filosofia, o poder passou a ser chamado de auctoritas e potentia e a mover-se entre ofício e prestígio, estratégia e instituição (cf. Kobusch e Oeing-Hanhoff, 1980, p. 585-588). No contexto alemão, a palavra poder tem sua origem nas formas verbais können e vermögen (poder e ser capaz). O fato é que os mecanismos de poder permitem, aqui, ser mais facilmente diagnosticados do que contestados. O que caracteriza o poder moderno é muito mais a ausência de lugar e visibilidade. Por meio de uma microfísica, Foucault nos descreve um desvendar o véu do poder e seu segredo será traduzido em uma fórmula nominalista: “O poder é o nome que se dá a uma situação complexa em uma sociedade” (Foucault, 1982, p. 114). Um anverso imputado pela lei, pela politicagem da toga e o oligopólio perverso da mídia.
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