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O food truck, os dispositivos ideológiocos e a comunicação

A histeria social e concubinato entre a imprensa e o governo, estão embrulhados em um único fôro de PRINCÍPIOS, mas que semanticamente possuem olhares antagônicos. Não há como diferir as prioridades sociais e sua profunda mudança – dos valores políticos para os sentimentos revolucionários que a sociedade prenuncia em seus atos de massa e o jogo governamental que contracena com a corrupção política que impacta na sociedade brasileira.

Inegavelmente, há uma revolução dos discursos e da mobilidade pública – uma antiga reivindicação que busca recorrentemente na história brasileira, contrapor os interesses oligárquicos do poder e o uso dos grandes dispositivos ideológicos que ele opera.

Abraham Lincoln dizia… “podemos enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo”, e outra vez, depois de tudo, estamos convictos que tudo deu em nada.Fomos enganados mais uma vez.

Enquanto o povo se estrebuchava pelas ruas – tateando mudanças incorrigíveis – perpetuando seus lampejos nacionalistas e vomitando palavras de ordem, seu “opositor” (já que ser opositor é um simples ponto de vista e depende de como você entende os fatos e de lado você está), camuflou a verdade e estabeleceu outra ordem imposta. Nesta competição desigual entre o mais forte e o coletivo, reinventamos as revoluções de “cima para baixo” ao longo dos tempos, lideradas pelos veículos de comunicação de massa a favor dos grandes interesses, que habitualmente desonera a indecência social e o senso incomum das classes favorecidas.

Esta mídia “marrom” que encoberta os fatos e veicula os interesses patronais – imputa locautes e se diz imparcial.

Mais o povo, como Ântonios Conselheiros e seus Whatsapps em riste, reprisam uma versão moderna de Canudos, fadados pela disrupção de uma imprensa “fake”, que serve aos apelos da colônia que ela promove. Sem ordem das coisas, mas pela simples coerção do mais forte.

Ainda que pensemos o contrário, este movimento sem dono é legítimo, ainda que sem liderança unificada e contaminado pela afazia descoordenada de um anseio deslegitimado de uma minoria oportunista e “vermelha” que contamina o ideal nacionalista que ele descaracteriza. E nos estimula a um “chavismo brasiliense”, atirando “bolas pelas costas” ao que subverte o princípio da igualdade de ideais.

Não há um feito REVOLUCIONÁRIO nesta balbúrdia de campesinato, já que alguém poderia-se pensar que um próximo passo seria tomar a ordem e subverter o sistema.

Mas sabemos, não existe uma revolução sem armas.

Uma vez que este motim se tornou uma chacota aborrecida que transformou o dia a dia da população, mas que outra vez foi abafada pelo poder que nos empurra para a miséria que este pais já contraiu em seu meio.

Fica esta sensação desmaiada e tantã – que nos cala pela abnegação e o descontentamento.
Como desenganados sem decoro, mas que a imprensa ignora…

Ela não se interessa pela delação social, só pela quebra da tranquilidade dos oligopólios.

Ela prefere traduzir esta falácia como um decrépito fato arquitetado pela esquerda inquieta que busca desestabilizar a ordem nacional que a situação ostenta.

A imprensa brasileira é sensacionalista, tendenciosa e maliciosa – não pertence a opinião pública – pertence ao Estado Brasileiro.

Esta imprensa que comunga da desgraça alheia e que não veicula a perplexidade social, inculta e desmedida… e que transformou esta iniciativa dos caminhoneiros em um “food truck” nas rodovias federais.

E para não parecer sem graça e sem motivo, abriu direito ao show das autoridades que cerceam as leis e utilizam seu dispositivos bélicos como uma grande genitália mal utilizada pelas autarquias do poder.