Sob a luz dos novos entendimentos no campo da publicidade, especialmente com reflexões sobre o que se compreende como idiossincrasias publicitárias, em sua estrutura e nos diálogos que estabelece com as artes, a estética e o consumo; e tendo como ponto de vista as aplicações da linguagem e da análise do discurso, há um espasmo entre o que a propaganda produz e a semelhança banal que a nulidade social impõe em seus dispositivos ideológicos. Ora, observa-se nesta construção de imagens e imaginários híbridos, por todo o percurso da história das artes e dos processos de hibridização, dos espaços fronteiriços e as intersecções artístico-comunicativas, repletas de confluências, um caminho associativo dessas formas de expressão e se nota uma linguagem em evolução. Assim, detemos um olhar sobre a diversidade cultural na publicidade brasileira, procurando identificar a configuração de uma estética publicitária regional e canônica. O discurso publicizado pelos anunciantes, recoberto de um sistema de signos, de identificação e projeção com o que se anuncia – o que constitui a própria publicidade em produto de consumo. Nesta lógica, do abominável ao lógico, cabe ao consumidor escolher, o que melhor ele deseja, ainda que o nível de impulso na compra, esteja além de sua exigência.