© 2021 sergio

A comunicação, o extermínio cultural, o discurso do ódio, a diversidade caótica e a descentralização do poder.

O “direito de morrer” se apressa quando a dignidade social atropela o cotidiano das massas. Estamos assombrados pelo “apocalipse” moral e mergulhados em uma década das restrições, da tragédia do descaso e a morbidez ignóbil da desgraça humana. Os códigos morais que mobilizam as massas também reiventam os gêneros e prevacarizam com direitos humanos sob uma ampla perspectiva do experimentalismo que dinamitou os alicerces da razão, dos valores e da nossa própria forma de raciocinar amparada na dicotomia entre bem e mal ou certo e errado. Se estamos livres para opinar, também nos tornamos reféns do dito, pelo não dito. Tudo que sabemos é que em algum ponto do caminho, nos desviamos para um caos globalizado, ante da crise moral e da saúde funcional que assola as instituições, o descaso humano, a enfermidade nas ruas numa cartase comunicacional e de opiniões desencontradas.

Nos tornamos membros de uma sociedade miserável que busca freneticamente a sobrevivência, mas que alguns poucos insistem em ignorar a “cruel” gravidade dos acontecimentos que condenam a humanidade.

Para o triunfo do mal, basta que os bons não façam nada… disse o filósofo.

O genocídio da opinião elevou uma craseada catalisação dos modelos de comunicação promulgando as ideologias das massas em um grande simulacro ideológico sobre as maiorias manipuladas.

Esta comunicação globalizada propagada pelos meios digitais seputou a intelectualidade, mas democratizou o direito de expressão, ainda que tenha popularizado todas as diferenças, sem de fato, haver uma seletividade organizada.

O papel sociabilizante dos veículos de comunicação padeceu pelo “deságio do poder etéreo do judiciário ajoelhado diante um Estado inócuo”. Semelhantemente a uma revolução de “cima para baixo” que conspira silenciosamente num ávido sussuro aos ouvidos dos preletores a militância das palavras que subvertem o estado de direito.

A noção de comunicação recobre uma multiplicidade de sentidos, numa polifonia de discursos intrísecos por conta desta pluralidade e da dispersão desse campo de observação histórica do desagravo humano que encontra-se sem pertecimento e tolerância.